O curioso das moedas de 10 centavos e 50 centavos datadas apenas com os anos de 1979 e 1980 com a inscrição PROVA, é que esses modelos não circularam em nenhum momento, mas há uma quantidade interessante de peças dessas que são disputadas por colecionadores. O questionamento que fica é porque a Casa da Moeda cunhou tantas dessas moedas como prova, mas nunca chegou a colocar em circulação?
A resposta está inflação da época. Entre 1979 e 1984, entrou em circulação a chamada segunda família do Cruzeiro, mas a única moeda de centavo que realmente circulou foi a de 1 centavo, que ficou popularmente conhecida como "centavinho". Além de muito pequena (14mm), na prática não valia nada. Para se ter uma ideia, no final de 1979, 1 Dollar valia 42 Cruzeiros. Mas mesmo assim, essa moeda continuou a ser cunhada até 1983. Nessa série de moedas, depois de 1 centavo pulava diretamente para a de 1 Cruzeiro, ou seja, não havia sentido, na época, emitir moedas de centavos.
Em 1978, houve aprovação do Banco Central e da casa da Moeda para lançar tais projetos de moedas. A ideia do Banco Central era lançar escalonadamente em três lotes:
- Cr$ 0,01 e Cr$1,00,
- Cr$ 0,10 e Cr$ 5,00,
- Cr$ 0,50 e Cr$ 10,00.
Somente o primeiro lançamento ocorreu. Os outros dois não ocorreram por conta do processo inflacionário do período.
O destino de cunhagem de prova de moedas é que são usadas para aprovação do Conselho Monetário.
As moedas prova tem por finalidade principal o acervo do Banco Central, em especial do Museu de Valores, o intercâmbio técnico internacional com bancos centrais, casas cunhadoras e instituições congêneres, podendo também ser utilizadas em cerimônias ou eventos oficiais, para o oferecimento a autoridades, não tendo outra destinação específica ou obrigatória.
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