Tão curiosas quanto as anomalias encontradas em moedas, são os apelidos que elas ganham. Na numismática brasileira encontramos de tudo: mula, Brasil duplo, data vazada, entre outras.
Em 2021, vimos o boom das moedas apelidadas de albinas. Antes de mais nada, vamos a definição de albinismo: anomalia congênita definida pela falta total ou parcial de pigmentação na pele, olhos e pelos.
O apelido que essa moeda ganhou é como se a moeda não tivesse pigmentação no metal.
Mas, é um erro da Casa da Moeda? Uma falsificação? Ou simplesmente uma moeda verdadeira com um banho de níquel?
Apesar dos erros que já ocorreram na Casa da Moeda, esse especificamente é complicado de culpá-la. Antes de mais nada, o fornecedor da moeda bimetálica de 1 Real, já envia o aro dourado e o centro de aço pronto e encaixado, cabendo a Casa da Moeda apenas cunhar em cima desse disco. Para que fosse genuíno esse erro, o fabricante do disco já teria que cometer um erro de enviar o disco dessa forma e ninguém da Casa da Moeda ver.
Outra coisa que me chama atenção nas fotos que vejo pela internet é que parece que essas moedas foram banhadas. Isso explicaria o motivo de terem várias peças belas e brilhantes de anos diferentes que batem com o peso e diâmetro da moeda original de 1 Real. Inclusive já moedas das Olimpíadas 2016 chamada de “albina”.
Quando acontece um erro grosseiro como esse, a Casa da Moeda costuma emitir uma nota como foi o caso da moeda de 50 centavos sem o zero de 2012, em que foi comprovadamente um erro oficial da cunhagem.
Enfim, o colecionador que gosta de moedas anômalas deve sempre ficar atento às falsificações e moedas manipuladas, e estudar bastante para saber definir a autenticidade da peça em que está comprando. Mas, como sabemos, dentro na numismática tudo é possível!
E para completar, também tem o disco liso albino. Verdadeiro ou falso? Deixo a foto e cada um tire suas próprias conclusões.
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