Ao lançar o Plano Cruzado em 1986, o presidente da República, José Sarney, foi quem deu a ideia de incluir a inscrição DEUS SEJA LOUVADO nas cédulas brasileiras. De lá para cá, virou tradição, porém o pouco questionamento da época foi substituído por muitos questionamentos anos depois, como por exemplo, laicidade do Estado.
Nas normas do Banco Central do Brasil, a inclusão da inscrição aparece pela primeira vez na CARTA-CIRCULAR Nº 1.575 de 27 de fevereiro de 1987, onde são explicadas algumas alterações das cédulas do Cruzeiro para o Cruzado:
12 — As cédulas de Cz$ 10,00, Cz$ 50,00 e Cz$ 100,00 apresentam pequenas modificações em relação às notas do padrão Cruzeiro que lhes são equivalentes: adequação dos caracteres numéricos e literais e a inserção da legenda ―DEUS SEJA LOUVADO, a cédula de Cz$ 50,00 teve, ainda, deslocadas as micro chancelas para o canto direito.
As primeiras cédulas do Real em 1994, foram impressas sem a inscrição. Talvez por esquecimento da Casa da Moeda ou de forma proposital, já que não há uma obrigação de colocar a inscrição. Porém, o Ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, teria percebido a falta e solicitou que ela voltasse a aparecer, o que acabou acontecendo nas impressões seguintes.
Gostem ou não, o fato é que depois de mais de 30 anos e várias tentativas de remoção, a frase continua no dinheiro brasileiro.
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