Em março de 2021, a Venezuela apresentou ao mundo a cédula de 1 MILHÃO de Bolívares. Apesar da curiosidade de se ter 1 milhão na mão, nesse caso isso não chega a ser uma boa notícia. Cédulas com valores muito altos são indícios de inflação alta, descontrolada e grandes problemas econômicos para o país e sua população.
Para se ter uma ideia, quando essa cédula foi lançada, equivalia
a apenas 52 centavos de dólar americano ou cerca de 2 Reais do Brasil. A alta
inflação na Venezuela é um problema a mais de 15 anos. A cédula milionária,
como previsto, não durou muito tempo, pois em outubro de 2021 o governo anunciou
o corte de 6 zeros da moeda, ou seja, 1 milhão virou 1 Bolívar, e novas cédulas
foram impressas nos valores de 5 a 100 Bolívares.
O corte de zeros é uma prática comum em moedas que
desvalorizam rápido por causa da inflação. Já aconteceu em vários países,
inclusive no Brasil. Mas, na prática, somente essa ação de cortar zeros não
resolve em nada o problema. Desde 2008, já foram cortados 14 zeros, ou seja, se
não tivesse tido esses cortes ao longo dos últimos anos, teríamos cédulas de 100.000.000.000.000
(100 TRILHÕES) circulando na Venezuela, fato que já vimos no Zimbábue me 2009.
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