Após uma visita do governo brasileiro ao Banco da Inglaterra em 1931, Otto Niemeyer escreveu uma minuta com o Estatuto do que viria a ser, caso aprovado, o “Banco Central de Reservas do Brasil”. Poucos países possuíam um Banco Central naquela época, e o Brasil, para despertar maior interesse de investimentos do exterior e organizar o sistema financeiro nacional, se espelhou nos modelos norte-americano e inglês.
No que diz respeito à impressão de dinheiro, a esse Banco Central iria competir o direito de emitir cédulas em todo o território do país. A contar da data de sua criação, seriam vedadas quaisquer outras emissões, do Banco do Brasil, ou do Tesouro Federal, bem como de qualquer outra entidade pública ou particular. Este privilégio não impediria o Governo de cunhar moedas subsidiárias de valor inferior a 10 mil Réis, de acordo com as requisições do Banco Central.
Em 1937, teve um anteprojeto de Lei feita por Arthur de Souza Costa, inspirada naquela minuta de 1931. Em 1939, a ideia foi abandonada. Somente em 1947, um novo anteprojeto de Lei feita por Pedro Luís Correa de Castro, previa a criação de um Banco Central, resultando na criação, de fato, do Banco Central do Brasil em 1965.
Nesse período da década de 1930, sabe-se da existência de ensaios de cédulas feitas pela empresa inglesa, Waterlow & Sons Limited, constando a inscrição do “Banco Central de Reservas do Brasil” e a efígie do Presidente Getúlio Vargas.
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