Em 2011, um conhecido numismata do Rio Grande do Sul, chamado Pedro Balsemão, foi informado por meio de um amigo, que alguém viu uma moeda bimetálica de 1 Real que era bem diferente da nossa moeda.
Balsemão com seu instinto de colecionador, estudioso e curioso, logo foi atrás da pessoa que estava de posse do artefato. Esta pessoa era vendedora de antiguidades e a moeda tinha sido achada por uma outra pessoa que teria recebido de troco de uma banca do Mercado Público de Porto Alegre. Negociou com o vendedor e com o dono da moeda e a conseguiu comprar.
Logo percebeu que a moeda tratava-se de um projeto ou ensaio da moeda bimetálica da segunda família do Real. Esta moeda traz o ano de 1997, um ano antes do início da circulação das novas moedas, o que faz sentido dentro de uma ordem cronológica. A moeda tinha a imagem de uma bromélia e do outro lado a esfinge da República idêntica as que tinha nas moedas dos anos 70.
Balsemão passou muito tempo tentando comprovar a originalidade da moeda como um ensaio do Real e aos poucos, os apaixonados por numismática foram tomando conhecimento da moeda. Hoje, sabemos da autenticidade do ensaio, já constando nos principais catálogos de moedas brasileiras. Como sabemos, esses ensaios costumam ser destruídos, mas uma única peça escapou, passando mais de 10 anos perdida em algum lugar do Brasil.
No blog do Balsemão consta o relato escrito por ele. Relato este, cativante ao perceber a forma apaixonada que ele conta toda a história e amor que ele deu por essa moeda (http://ppbalsemao.blogspot.com/).
No site do amigo Sérgio Mendes (https://colecaosfm.wordpress.com/2015/06/13/a-bromelia-ou-real-balsemao/), ele conta um pouco da história e de seu ponto de vista, mas o mais importante, ele divulga uma reposta esclarecedora da Casa da Moeda ao ser questionada sobre o Real da Bromélia:
"A Casa da Moeda cunhou peças contendo a imagem de uma bromélia em um dos lados, a título de teste de materiais e processos, para fabricação a moeda de 1 Real da segunda família de moedas."
Também, existe uma matéria do Bentes bem interessante falando desse caso e que vale a pena a leitura (http://blogbentes.blogspot.com/2016/11/artefato-em-disco-de-metal-fichas-e.html).
Enfim, Balsemão tinha razão. A Bromélia existe...
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