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Cofres de Depósitos Noturnos no Centro do Rio de Janeiro (Rio night deposits)

Os cofres de depósitos noturnos foram criados na primeira metade do século 20, para atender aos clientes do banco que precisavam realizar depósitos após o horário do expediente bancário, pois naquela época não existiam os caixas eletrônicos e nem toda a tecnologia de hoje.

O cliente preparava o envelope ou malote com o dinheiro e ia até o seu banco, que já estava fechado por causa do horário e acabava dirigindo-se até o cofre de depósito noturno que ficava na parede externa do banco. No dia útil seguinte, o banco retirava os depósitos por dentro do banco e fazia o crédito nas contas designadas. Tempos depois, empresas de segurança de valores, também começaram a utilizá-los para descarregar os malotes de dinheiro que transportavam em seus carros fortes.

Com o avanço tecnológico, os famosos depósitos noturnos de antigamente, foram abandonados e quase todos arrancados das faixadas dos bancos. Poucos exemplares ainda são vistos nas grandes cidades brasileiras, principalmente em São Paulo, como mostra a matéria no site SÃO PAULO ANTIGA .

Já no Rio de Janeiro, eu fui a caça dessas relíquias da história e encontrei apenas sete deles espalhados pelo Centro do Rio de Janeiro cuja maioria é do fabricante Mosler e apenas um deles ainda consta o nome do banco.

 Rua do Rosário - Banco do Estado da Bahia

Candelária
Banco do Brasil
 
Rua do Ouvidor com a Av. Rio Branco
atualmente é um Banco Itaú
 
Av. Sete de Setembro com Rua do Carmo
Antigo Banco Andrade Arnaud, atualmente Banco Itaú
 
Av. Rio Branco
Fica entre um Banco Itaú e o Banco Safra
 
Rua Evaristo da Veiga
Banco Bradesco
 
Av. Rio Branco com Rua da Alfândega
Atualmente é um Banco Santander
 
Rua Beneditinos
Atualmente prédio comercial
 
Rua República do Líbano - Saara
Banco Itaú

Comentários

Porto Alegre ainda tem alguns cofres desse tipo, e o mais surpreendente é que um está instalado no que parece ser uma residência particular, sem qualquer indício de já ter abrigado uma agência bancária.
Anônimo disse…
Localizei o cofre do banco Andrade Arnaud na rua sete de setembro e fui pesquisar o que era aquilo e cheguei nessa matéria, muito interessante.
Obrigado pelo esclarecimento.

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